segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Dependência

Decidi que vou desistir de M. Porém isso se tornou especialmente difícil, já que por algum motivo M. decidiu ser uma pessoa atenciosa justo hoje. 
Eu não sei muito bem como fazer isso. Não tenho coragem de ter uma conversa e deixar tudo claro, até pq não é muito claro pra mim também. Minha tática normalmente se resume a sumir e ignorar a pessoa até ela ir embora de vez. Mas creio que também não tenha coragem de simplesmente ignorar M. Qual é o meu problema? Pq tanto apego por algo que nem existe? Eu vou sentir tanta falta das nossas conversas sem graça com todo aquele tom de obrigação?
Outra coisa que eu creio que não consiga fazer é pedir demissão. Eu odeio meu trabalho, e ele tem destruído inclusive minha saúde, porém sou dependente do dinheiro. Eu não acredito que seja boa em outras coisas (não que eu seja boa no que eu faça agora), não consigo imaginar que outras opções eu teria na minha vida. Na verdade, o meu maior medo é ficar sem dinheiro pra pagar minha terapia. Sei que meu pai acharia caro demais, e que não vale a pena.
Eu estou presa na minha covardia.

domingo, 29 de novembro de 2015

App

Estou ouvindo Paramore enquanto finjo que não me importo tanto com M. Três dias de blog com três posts que falam sobre a mesma pessoa... a quem eu acho que engano? W. (mais recente amigo(?)) me aconselhou a baixar um daqueles app de relacionamentos pra conhecer novas pessoas... assim como N., C. e minha terapeuta. Não vou dizer que eu acho ridículo, afinal, eu tenho um app desses no meu celular, e algum histórico com o mesmo...

Breve resumo:
3 dos piores encontros;
3 rolinhos mais sérios;
4 rolinhos menos sérios;
1 namorado;
2 casais;

Mas isso demanda tempo, paciência e coragem, afinal encontrar com estranhos da internet não é uma coisa muito tranquila e segura de se fazer. Além das conversar tentando "conhecer" a pessoa, o esforço pra não deixar o assunto acabar, a tensão de ver a pessoa pessoalmente(oi?), a awkwardness, a grande possibilidade dos caras serem machistas escrotos...

W. não sabe da existência de M. Já considerei ir desabafar com ele sobre M. algumas vezes, ainda mais por não serem do mesmo círculo social. Não sei pq ainda não fui... acho que tenho preguiça de contar toda a história... ou me sinto ridícula falando essas coisa pra alguém que não seja minha psicóloga ou esse blog.
Minha situação é de fato ridícula. Eu tenho alguém que claramente se importa e que quer ficar comigo, mas não o suficiente. Eu sei que gosto dessa pessoa, mas não sei exatamente o quanto nem como. Eu sinto que preciso de mais garantias, mas não sei pra que. Eu quero um relacionamento? Não sei... Acho que só queria saber que alguém é capaz de gostar de mim de verdade ainda.
Sim, o problema está comigo... eu pago quase 400 reais por mês por causa disso. Talvez eu devia desistir de ter qualquer contato social mais afetivo até eu consertar meus sentimentos. Até pq M. definitivamente não é a pessoa mais indicada pra me ajudar a reconquistar a confiança em mim mesma.

[Breve episódio:
L. estava chorando, totalmente vulnerável, quando decide olhar para M. e dizer: "eu gosto de você". M. então apenas emite um "hm" e as duas criaturas ficam em silêncio por vários segundo. L. inventa qualquer coisa pra falar e mudar de assunto. L. nunca superou isso.]


sábado, 28 de novembro de 2015

Péssima

Ontem fui visitar uma amiga. A visita serviu pra eu descobrir que:

1. Sou uma péssima filha;
2. Minha situação financeira está péssima;
3. Sou uma péssima companhia;
A visita se resumiu a brincar com gatinhos, tentativas de desabafo e conversa sobre presentes. Pior parte foi perceber que estou entrando no modo "competição de sofrimento", pois todas as reclamações da C. eu tinha como dizer que minha situação é pior. Não que não seja verdade, mas não tem pq tornar isso uma competição. De qualquer maneira, a visita foi bem menos do que eu esperava...
Também ontem, M. falou de maneira grosseira comigo sem necessidade nenhuma. Foi uma coisa muito estranha, fiquei extremamente ofendida, e daí M. resolveu agir de maneira fofa comigo,  o que foi pior ainda(?). Ainda não sei descrever sentimentos nessa situação, acho que no lugar de sentimentos, colocaria a palavra carência. Vamos deixar claro que:

M.:
- Equilíbrio
- Tranquilidade
- Viver o agora
- Não quer se prender muito

L.:
- 8 ou 80
- Paranoia
- Ansiedade
- Precisa de garantias

C. falou que eu deveria procurar alguém que queira a mesma coisa que eu - segundo ela, um relacionamento. Mas eu me pergunto, será que é isso mesmo que eu quero? Ou melhor, pq diabos eu quero isso? Eu disse que o problema é que eu não sei me envolver com alguém sem deixar que essa pessoa se torne o foco da minha vida, sem que eu automaticamente coloque o controle e decisões nas mãos dessa pessoa, sem que eu me rebaixe a alguém que simplesmente tem que estar feliz por ter alguém que quer. Horrível, eu sei, e é com isso que tenho que lutar toda vez que me pego sofrendo por M.
No trabalho foi tudo um saco, como sempre. Tinha um climão entre os patrões por eu ter faltado ontem... até ouvi alguém comentando sobre mim no telefone, mas não consegui saber sobre o que era. Pelo menos tive trabalho o suficiente pro dia passar rápido. Espero logo conseguir tempo para entregar currículos em outros lugares e nunca mais ter que ver a cara daquele bando que playboys mimados. 


Mais um fato sobre mim: gosto de listas.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Início

N. disse que eu preciso de novos objetivos. Minha terapeuta também. Como estou em uma daquelas fases em que eu não consigo pensar nem no almoço de amanhã, pensei em um objetivo mais tangível... um blog. Não é como se eu já não tivesse um, mas esse seria diferente. Como diz o nome, é um diário. Meio brega, eu sei, mas talvez seja útil inclusive na minha busca por uma maneira diferente de encarar a vida. Se eu vou conseguir escrever aqui todos os dias? Não sei. Se alguém vai ler isso aqui? Provavelmente não. Mas isso realmente não importa.

Vamos para alguns fatos sobre mim:

- Tenho 20 e poucos anos;
- Moro em uma região pobre;
- Odeio meu trabalho;
- Gosto de gatos;
- Tenho medo de tempestades e aranhas;
- Uma das minhas músicas favoritas é Modern Love;
- Não tenho uma melhor amiga;
- Odeio dirigir;
- Gosto de velas aromáticas;
- Tenho uma dívida equivalente a 3 meses do meu salário;

Hoje estou em casa pois inventei que passei mal a noite toda. Melhor decisão da semana. Meus patrões acreditam que os funcionários devem ficar feliz só por terem um emprego nesse momento de crise. Eu acho que eles devem ficar feliz só por terem quem aguenta as merdas deles sem meter um processo e quebrar a empresa. Ontem uma cliente me chamou de preguiçosa e meu orgulho está ferido... acho que ela não faria aquilo se soubesse que eu não estava ganhando nenhum centavo a mais por estar ali além da minha hora de trabalho pra atender ela.

No momento estou tentando me reaproximar das minhas amigas, pra ter com quem conversar além da minha terapeuta, e de M., claro. M. é a pessoa com quem estou me envolvendo. Ok, essa frase ficou ridícula, M. é com quem eu tenho conversado e trepado há uns dois meses. Estou apaixonada? Não sei dizer muito bem... meus sentimentos são umas coisas que me embrulham o estômago e eu nunca sei dizer que foi algo que eu comi ou algo que eu senti. Sei que na tpm eu sofri e chorei por M. Agora eu não sei bem dizer o que eu quero. Provavelmente amanha terei uma opinião diferente.
Acho que por hoje é isso. Espero conseguir manter isso aqui atualizado.