domingo, 24 de janeiro de 2016

Fracasso

Faz tempo que eu não posto aqui, certo? Pois é...
Desde então nada mudou muito. Eu continuo me sentindo mal e incompetente, eu eventualmente ainda sofro por M., eu continuo inútil.
Uma coisa que aconteceu foi uma loja ter me chamado pra fazer entrevista, e depois pra fazer um teste/treinamento lá. Bem, eu estou fazendo isso desde então, e isso não tem me feito bem. O lugar que me chamou é uma das lojas mais legais que tem, a remuneração é maravilhosa, o localização é de fácil acesso pra mim, porém, eu tenho falhado miseravelmente no teste. Em 3 dias eu não consegui bater a minha meta de 1 dia. As funcionárias antigas não gostam muito de mim. As novas muito menos. Minha gerente não me ajuda muito, e nem tem ficado na loja também. A frustração tem tomado conta de mim, e eu não consigo mais manter nenhum pensamento positivo sobre esse emprego. Eu sei que eu não vou conseguir ele. Mas mesmo assim, eu ainda tenho que ir lá todos os dias. Eu tento desabafar com minhas amigas, mas elas acham que é exagero da minha parte, ninguém consegue entender o quão sanguinário é esse ramo. Elas dizem que meu desempenho ruim tem influência de vários outros fatores (o que é verdade), mas não entendem que pra minha gerente esses outros fatores são coisas que eu devia superar, então não tem desculpas.
No final das contas, eu estou quase me sentindo feliz por não conseguir esse emprego, pois não sei se vou saber lidar com tanta frustração e cobrança sobre meus fracassos. Mesmo assim, eu precisava desse emprego, e essa aparentemente é a única coisa que eu sei fazer (ou sabia)... se eu falhar aqui, pra onde eu vou?? O sentimento de fracasso está tomando conta de mim, e eu não consigo deixar de me sentir inútil e sem saída. Amanhã já não vou ter dinheiro pra pagar minha psicóloga. Está tudo indo por água abaixo de novo. Estou indo pro fundo do poço de novo.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Nada muito

Estou tendo dificuldade em vir escrever aqui. Estou sentido minha vida sem sentido novamente, e por consequência, eu sinto que não tenho nada pra compartilhar. Na verdade eu tenho várias coisas pra compartilhar, histórias, pensamentos, conversas... mas eu não me sinto bem em "revirar" essas coisas pra postar aqui. O importante no momento é que eu estou aceitando que é minha característica querer segurança quando estou me envolvendo com alguém. Eu não posso simplesmente me forçar a estar em uma situação como a que eu estava com M, e não tem problema nisso. Essa é a maneira como eu funciono, eu não  posso me sacrificar pra ser o que a outra pessoa quer que eu seja. Isso é uma coisa que eu tenho que aprender de uma vez! Eu tenho que parar de me apagar toda vez que eu gosto de alguém. Eu não sei como eu vou fazer isso tho.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Perspectiva

Hoje eu tinha que ter ido no centro pra resolver uns problemas pro meu pai. Não consegui ir. I. me chamou pra passar a tarde na sua casa, e eu usei a desculpa de que eu tinha que me despedir dela pra fugir do pânico que seria ter que andar sozinha pelas ruas do centro da cidade. O que é bastante frustrante, já que o centro foi por bastante tempo o meu lugar de paz.
Ir conversar com I. foi definitivamente uma escolha melhor. Poder chorar e falar sobre tudo que estava me deixando mal, me ajudou a criar um pouco de perspectiva. Eu estou um pouco mais calma agora, pelo menos consigo pensar em outras coisas além do que está me fazendo mal. É uma pena que I. esteja indo embora.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Feridas

Meu dia foi muito bom, mas eu estou tentando digerir ele ainda.
Resumindo, eu me encontrei com N. no shopping para entregar currículos, comemos um temaki, eu encontrei uma outra amiga minha (que eu não via há muito tempo) no shopping, e na hora de ir embora encontrei outra amiga (que também não via há muito tempo) e acabei fazendo quase todo o trajeto de volta pra casa com ela.
Agora vamos para os detalhes:
1. Quando cheguei no shopping, N. não estava no lugar combinado; ela estava em outro lugar, que eu não sabia onde era. Eu tive que ficar andando pelo shopping procurando ela e isso acabou despertando minha ansiedade. Me tranquei um um banheiro e fiquei chorando por vários minutos, enquanto N. me mandava mensagens perguntando onde eu estava. Quando finalmente eu tive coragem de sair do banheiro, consegui encontrá-la.
2. Depois de entregar os currículos, fomos comer, nos sentamos e começamos a conversar. Falamos sobre depressão, abusos e relacionamentos. Quando disse que tinha estragado tudo com M., ela me disse "você sabe que ainda não é tarde demais" e eu disse que não existia essa opção... não que eu não quisesse, mas não tinha como acontecer... eu não sei se ela entendeu o que eu quis dizer.
Enfim, essas coisas todas estão revirando na minha cabeça, eu simplesmente não consigo parar de chorar. Estou me sentindo extremamente perdida e sozinha novamente, e eu não sei o que fazer. eu não tenho com quem conversar; queria falar com minha psicóloga, mas não acho que seria conveniente.
Meu dia foi muito bom, mas no final eu tenho tantas feridas abertas que eu não estou conseguindo suportar.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Uma pessoa decente

Ontem eu perguntei pros meus amigos qual era a característica que mais de destacava em mim. 
T.: sensibilidade artística e estética.
C.: você super sassy, hoje em dia está mais melancólica, tipo heroína de romance romântico.
I.: super estilosa, tanto na aparência como nos gostos.
Realmente eu não esperava nenhuma dessas respostas. Nunca achei que essas fossem as coisas que mais se destacam em mim. E depois de um tempo isso começou a me incomodar, por soarem características superficiais, mas eu não sei se posso reclamar, já que em geral eu sou uma pessoa bem fechada. 
Porém uma resposta me surpreendeu demais, a resposta de S., de quem eu ainda não falei aqui... mas enfim...
"Você aceita "bondade" como resposta? Talvez seja projeção minha, mas eu te vejo como uma pessoa irremediavelmente boa, haha L., sabe aquele aquele meme "too pure for this world", então. Mas eu acho que não é projeção, não. Dá pra ver pelo tanto de culpa que você sente.
Foi muito estranho ler isso quando no mesmo dia eu tinha discutido com minha psi sobre como eu me acho uma pessoa ruim e egoísta. Chegamos a uma conclusão de que eu me sinto ruim e egoísta por causa da minha relação com minha mãe, afinal, egoísta é uma das palavras que ela mais usa pra me descrever. Porém, não é como se eu fosse egoísta com as outras pessoas ou com, sei lá, meus animais... Em geral eu sou alguém que se importa e faz de tudo pra ajudar alguém quando eu vejo que precisa de ajuda. Até de uma maneira prejudicial pra mim às vezes. Então eu estou tentando me convencer que, em relação a isso pelo menos, eu ou uma pessoa decente. 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Despedidas

Um dia que começa com a notícia da morte de Bowie não tem como ser bom.
Fui na psi hoje, quando cheguei lá encontrei I. que ficou lá até um pouco mais tarde pra se despedir de mim. Sim, nós vamos na mesma psicóloga, assim como C. Enfim, I. está voltando pra europa. Eu levei um susto, pois não tinha me tocado da data, pra mim que eu ainda tinha mais tempo com ela... Foi bem triste ter que dizer tchau de novo, até pq parece que faz pouquíssimo tempo que ela está aqui. Pelo menos eu pude me despedir...
Minhas metas pra essa semana são as mesmas da semana passada, já que eu não cumpri nenhuma, e mais uma: procurar cursos de capacitação gratuitos. Já marquei com N. de ir entregar currículos na quarta, vou ver se ligo pra um psiquiatra amanhã. Essa semana eu vou tentar não ser tão inútil.

domingo, 10 de janeiro de 2016

30 dias

Não tenho muito o que escrever aqui hoje, mas por pelo menos 30 dias vou escrever aqui todos os dias, então...
Hoje eu não fiz nada de útil com a minha vida. O clima está horrível, meu cabelo está horrível, meu humor também. Durante todo o dia me senti mal comigo mesma, me senti vazia... Um pouco pelo que aconteceu ontem, um pouco pq eu não sei o que fazer com minha vida... meu otimismo foi embora.
Ontem a noite, um moço veio falar comigo (não vou nem colocar nome nele, pq eu sei que não vai rolar nada), ele veio me perguntar como anda minha vida, dizer que se eu quiser conversar com ele ele está disponível, que se eu quiser a gente pode marcar um dia pra conversar e fumar um. Ele tem acesso a minhas redes sociais e ele sabe que eu tenho passado por problemas, ele só quer conversar. Outro moço também veio falar comigo, me mandou uma foto dele pelado sem eu pedir.... What?
Minha mãe está tendo o pior tipo de atitude que ela podia ter. Ela está descontando todo o estresse dela no meu pai. Sim, eu tenho meus problemas com ele, eu ainda me sinto muito mal pelas palavras dele, mas ele não merece o tratamento que minha mãe tem dado a ele. Meu pai tem cuidado dela, levado ela aos lugares, pagado exames, comprado remédios, feito curativos há mais de um mês já. Ele faz tudo que ela pede, e mesmo assim, ela continua reclamando de tudo. Pq ela não consegue simplesmente ser grata por tudo que ele tem feito e parar de reclamar um pouco? Ele não tinha mais nem obrigação de fazer tudo isso, considerando que eles não são mais casados.
Nessas horas eu lembro pq eu não tenho mais a mínima vontade de ser "companheira" dela, de ajudar ela, de ficar ali do lado dela... pq eu já tentei tudo isso, e descobri cedo que não adianta eu me esforçar, pq nunca nada vai estar bom pra ela. Não importa o que eu fizer, eu nunca vou deixar de ouvir reclamações pq eu podia ter feito mais.
Enfim, meu dia foi bem lixo. Eu estou perdida, vazia, irritada e sem sentido pra minha vida. Tenho pessoas supostamente interessadas em mim, mas eu não tenho a capacidade de desenvolver isso. Minhas amigas não falam comigo há dias. Está tudo voltando a ser a merda de sempre.


sábado, 9 de janeiro de 2016

Meu corpo e eu

Estou me sentindo um lixo, por dois motivos:
O primeiro é que fui exposta a opiniões de homens que tem um julgamento bem ofensivo sobre a diversidade de corpos das femininos. Acho que essa frase não fez muito sentido... bem, sabe aquele grande número de homens que enchem a boca pra dizer que não pegam mulheres gordas, ou mulheres de "tetas" pequenas, ou mulheres com sei lá qualquer outra característica comum a várias mulheres? Esse tipo de opinião! Esses comentários sempre acaba me deixando mal, pq em geral, eu tenho as características tão odiadas por esses homens.
Na maior parte do tempo eu não me acho muito feia. Não me acho linda, mas não me acho muito feia também. Eu consigo conviver com imagem no espelho, por mais que eu não ache ela a mais agradável. Mas quando eu vejo esse tipo de comentário eu começo a odiar os pequenos detalhes de mim. Eu começo a reparar nessas pequenas características, e nada mais importa... Não importa mais que me rosto possa até ser agradável, pq quando eu tirar minhas roupas, eu não vou ser o que é esperado e apreciado. Meus peitos não vão ser os certos, minha barriga não vai ser a certa, meus pelos não vão ser os certos, minha bunda não vai ser a certa, minhas pernas não vão ser as certas.
Durante vários anos eu tive a desagradável experiência de conviver com meninos me dizendo o quanto eu era feia. Eu convivi com as piadas sobre como meu cabelo era ruim, e como eu era gorda, e como eu era tão feia que eles não iam me querer nem pra chupar o pau deles, e como meus peitos eram ridículos por serem pequenos. Pro cabelo, escova progressiva... pra gordura, roupas largas pra disfarçar... pra cara, maquiagem... pros peitos, enchimento. Eu sobrevivi.
Na faculdade comecei a conhecer o feminismo, e seu lindo empoderamento. O mais incrível, foi conhecer mulheres que de fato vivem o empoderamento, e poder conhecer elas e a história delas... ver que elas eram como eu, que eu de fato podia amar o meu corpo também. A desconstrução do padrão midiático, entender o quanto somos manipulados pra ver beleza apenas no que é conveniente ser bonito, entender que eu não tenho a obrigação de "ser bonita", pq essa não é minha função na terra, nem a de nenhuma outra mulher.
Mesmo assim, até hoje eu não fui capaz de me empoderar completamente. A ideia de ser rejeitada por uma característica física minha me assombra até hoje. Passei minha adolescência numa igreja, cercada de meninas muito mais bonitas do que eu, e mesmo assim, em todo encontro alguns minutos eram gastos pra autodepreciação de todas. Durante esse 4 anos eu não fiquei com menino nenhum, eu reprimia minha sexualidade ao máximo, pois a intenção era só transar depois do casamento (e eu sempre pensava que ia morrer virgem mesmo). Durante esses 4 anos, apenas minhas amigas bonitas tinham namorados, pq só meninas bonitas tinham o direito de serem desejadas, e o único contato que eu tive com relacionamentos foi através da imagem ridiculamente distorcida que a mídia passa de como isso tudo funciona, e que meus amigos, tão perdidos quanto eu, reproduziam.
Foi um grande susto pra mim quando, já com vinte ou quase vinte anos, eu descobri que um cara não se importaria se eu não tivesse totalmente depilada; e não apenas pq ele estava louco pra me comer de qualquer maneira, mas pq ele realmente não se importava. Até então, na minha cabeça, depilação total era requisito básico pra sexo. Outro susto foi quando outro cara me falou que meu tipo de peito era o favorito dele. Essas coisinhas esquisitas que eu escondo debaixo do sutiã??? Como alguém podia amar aquilo? Ninguém com peitos assim vai para em capa de revista!! (não por beleza, pelo menos).
Enfim, apesar de hoje em dia eu ter consciência de inúmeras coisas que a pobre L. adolescente não sabia, eu continuo pensando muitas vezes antes de tirar as roupas na frente de alguém, e continuo olhando decepcionada pra mim mesma na frente do espelho. E quando situações como a de hoje acontecem, eu me lembro de que a possibilidade de alguém me rejeitar por causa de uma pequena característica do meu corpo é bem real. A paranoia deixa de ser algo só da minha cabeça e é confirmada por muita gente ao meu redor.
E aí tem o segundo motivo de eu estar me sentindo um lixo. Pq honestamente, homem que rejeita mulher por causa de celulite não é o tipo de pessoa com quem eu quero ficar, certo? Então pq mesmo assim eu me importo? Pq mesmo assim eu me ofendo? Pq mesmo sabendo de tantas verdades, eu continuo caindo na mesma ilusão de quando eu era adolescente? Pq eu não consigo simplesmente aceitar meu corpo como ele é, e ser mais feliz?

O exercício mais difícil

Lembra que eu ganhei um livrinho interativo para pessoas tristes? Então, eu disse que ia compartilhar algumas coisas dele aqui, e hoje me deparei com algo que achei que seria legal colocar aqui. No geral, eu tenho feio os exercícios dele sem maiores problemas, são legais, divertidos, um pouco difíceis, mas no final você fica satisfeito. Porém, cheguei no que considero ser o exercício mais difícil de todos. Eu passei minutos olhando para as páginas sem conseguir escrever nada. Eis a questão:
Eu não consegui até agora fazer isso. 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Youtube?

Estou morrendo de vontade de começar um canal no Youtube. Isso provavelmente tem a influência das horas seguidas assistindo vídeos da Jout Jout (God bless her), junto com o fato de esse ser um desejo antigo meu. O que me impede de fazer vídeos é basicamente:
- Não ter uma câmera decente nem equipamento de som;
- Não ter um computador pra editar vídeos;
- Ter medo de ser um fracasso total;
- O fato de eu ser eu;
Por algum motivo, eu me sinto cheia de otimismo e consigo pensar em maneiras como nenhum desses itens seria impedimento pra mim...
Acho que é efeito do livro que eu ganhei de presente da F. Ele me faz ter que listar coisas boas, e reestruturar pensamentos negativos. A alta dose de Jout Jout também deve ter feito bastante diferença. Mas nossa, como é estranha a ideia de eu olhar pra impedimentos e não me limitar a eles, mas pensar em maneiras de superá-los e seguir em frente e uau! Não parece eu. 
Mas, de qualquer maneira, nem tudo tem sido rosas. Ontem eu estava com um sentimento profundo de vazio existencial. Basicamente todos os meus planos deram errado. Ou melhor, eu não fiz nada do que eu deveria ter feito, que eram 4 coisinhas:
- Entregar currículos;
- Me matricular no curso;
- Marcar uma consulta no psiquiatra;
- Falar com meu pai sobre ele conversar com minha psicóloga (pra ele entender melhor minha situação, o trabalho dela, como ele pode ajudar etc);


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Jurupinga

Hoje (dia 06) acabou oficialmente meu inferno astral! Sim, parabéns pra mim.
O resultado de passar o aniversário com o Facebook desativado foi o esperado... Apenas meu grupo de amigas (que não inclui N.), minha mãe e meu pai, minha madrinha (quase que não), mais um amigo e uma menina estranha do tinder com quem eu não falo há meses, lembraram do meu aniversário. Sem dezenas de "Parabéns, felicidades... Tudo de bom :)" esse ano. Ninguém lembra de aniversário sem Facebook... inclusive eu.
Mas meu dia foi consideravelmente bom. Saí com F. e K. Tomamos um café, depois fomos na casa de K. tomar jurupinga. Ficamos saudavelmente bêbadas, fizemos bolhas de sabão, ouvi por pelo menos uma hora sobre como eu não devo deixar as manipulações da minha mãe me afetarem, chorei um pouco. F. teve que ir embora mais cedo, pois ela ainda ia viajar pra cidade dela, e então ficamos só eu e K. Comemos temaki e tomamos mais um pouco de jurupinga.
Eu sabia das intenções de K. desde o momento que ela tinha me chamado pra sair no meu aniversário... Ela me beijou, conversamos sobre o que aquilo significava: ela não soube me dizer. Ela me perguntou se eu queria: eu não soube dizer. O fato é que ela me beijou, umas três vezes... Eu não senti nada. Eu não senti vontade de beijar ela mais vezes, não senti vontade de sentir o corpo inteiro dela, não senti vontade de tirar as roupas dela. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Eu sempre gostei dela, eu sempre senti tesão por ela... mas dessa vez não. Parei pra pensar se eu sentiria tesão por outra pessoa... acredito que não. Não sinto vontade de ficar com ela, e nem com mais ninguém. Aparentemente minha libido quebrou. Disse pra ela que era melhor eu ir pra casa. Disse que talvez eu vá na balada com ela outro dia. Não vou.
Eu estou honestamente assustada com a situação... Eu nunca cheguei no ponto em que ficar com alguém meio bêbada não é uma opção pra eu sair um pouco da fossa. Apesar de assutada, eu gosto da ideia de não me envolver com mais ninguém por um bom tempo. Eu sinto que não quero mais gastar meu coração assim, não quero por minha felicidade nas mãos de outra pessoa, não quero me relacionar com ninguém enquanto eu não estiver bem comigo. Só tenho medo de estar esfriando pra sempre. De ter "estragado" meus sentimentos... Preciso conversar com minha psi sobre isso.
Breves notas:
- Não vou conseguir me matricular no curso técnico.
- Não vou ter outro computador tão cedo.
- Minha mãe está me dando um tratamento de silêncio, o que na verdade é muito bom, já que eu não preciso ouvir os dramas dela.
- Estou melhorando da gripe que me botou de cama.
- Ganhei um livro muito interessante de F., o título é "Como ser feliz (ou, no mínimo, menos triste)", e ele é um livro interativo pra pessoas " tristes". Acho que vou compartilhar algumas coisas dele aqui.
Ps.: escrevi isso no celular, então perdoem qualquer erro.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Sabotagem

Está cada vez mais difícil conviver com minha mãe. Parece que ela faz questão de fazer as coisas pra me irritar, nunca vi alguém gostar tanto de ser desagradável. E pra piorar, cada vez que eu penso na minha vida, em todos os problemas que eu tenho, em todas as minhas derrotas, de alguma maneira elas estão ligadas a ela. De alguma maneira minha mãe me sabotou! Todas as minhas auto-sabotagens são originadas nela! São todos pensamentos que ela colocou na minha cabeça. São todos sentimentos que ela despertou em mim. MINHA MÃE É UMA PESSOA HORRÍVEL! Não tem como eu simplesmente ignorar quando eu paro pra pensar em todas as manipulações dela, em todas as chantagens emocionais pra que eu não fosse nem um passo além do que ela queria. Eu estou genuinamente odiando minha mãe agora. Me sinto uma adolescente falando isso, mas é a verdade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Inferno astral

Estou no meu inferno astral. Estou nele desde o dia 6 de dezembro. Algumas pessoas acreditam nisso, outras não... eu particularmente tenho um apreço pela astrologia. E pensar que durante esse período eu estive no meu inferno astral, faz sentido. Por exemplo, o meu computador pifou. Estou usando  o do meu pai nesse momento, eu uma janela anônima, claro. Isso dificulta muito a conclusão dos meus planos de conseguir um emprego e tudo mais, afinal, eu faço tudo isso pelo computador.
Eu estou extremamente gripada. Ontem caí de cama, hoje estou melhorando, mas continuo sentindo como se tivesse levado uma surra. Estou tomando um monte de remédios, tenho que acordar uma vez a cada 2 horas de madrugada pra tomar eles no horário.
Hoje minha mãe me tirou do sério. Eu tinha planos: ir de manhã na psicóloga e de tarde ir no shopping entregar currículos com N. Eu consegui ir de manhã pra psi, ela está feliz com meu progresso, e foi ótimo eu ter falado com ela, pq ela entende o momento que eu estou agora... Sabe quando você tem medo de dizer em voz alta que está melhor e levar um soco da vida logo em seguida, só pra te lembrar quem que manda? É assim que eu estou, mas ela me disse pra eu não ter medo de melhorar, e eu estou tentando seguir os conselhos dela.
Bem, a tarde, eu teria ido pro shopping, não fosse minha mãe arrumando mil e uma coisas pra eu fazer, tive que adiar o encontro duas vezes, até que resolvi não ir. Minha mãe me sabotou, mais uma vez. Ela sabia que eu ia sair, mesmo assim ela resolveu fazer tudo que ela podia fazer em qualquer outro dia, no pequeno intervalo de tempo que eu tinha pra me arrumar. E como ela está nesse drama de "você não faz nada por mim", eu trouxa fui lá fazer tudo, até que perdi a hora. Eu fiquei com tanta raiva que acho que jogaria um prato nela se eu tivesse a chance. Minha mãe está fazendo a mesma coisa de antes, ela me inferniza pq eu não tenho trabalho, mas dificulta o quanto pode minha vida pra que eu não consiga nenhum que não seja o que ELA quer. Será que ela percebe que faz isso?
Um último tópico, estou pensando em fazer um técnico em secretariado. É gratuito, é em um colégio respeitado, só que é no período da noite. Estou pensando nisso, já que o curso seria de fato bom pro meu currículo, e estudar é sempre bom. O curso também tem em sua ementa matérias que vão ser muito úteis se eu for fazer um concurso... Tenho que decidir até quarta.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Minha casa

Quando cheguei em casa meus gatos ficaram mais felizes que meus pais. Uma das primeiras coisas que ouvi foram reclamações pq eu não estava em casa pra cuidar dos meus gatos e pra limpar as merdas dos bichos. Minha mãe me mandou uma mensagem por engano, falando que não dá pra contar comigo. Tanto ela como meu pai estão me tratando como se eu tivesse abandonado eles. Eu estou me segurando pra não soltar um
"Segundo vocês eu não faço nada o dia inteiro, e você queria me mandar embora já, não imaginei que fosse se importar por eu passar uns dias fora"
Tudo que eu consigo pensar desde que cheguei é que eu tenho que conseguir um emprego logo. Eu preciso de um lugar pra mim e pros meus gatos. Pq honestamente, eu estou começando a sentir eles descontando a raiva de mim nos bichinhos, e isso me mata. O problema é como eu vou conseguir um emprego que me pague bem o suficiente pra eu fazer isso? Pelo menos uma coisa eu decidi, não vou deixar minha mãe excluir minha oportunidades dessa vez. A única maneira de conseguir tanto dinheiro vai ser em loja de shopping, e as lojas de shopping praticamente só contratam pro período da noite. Minha mãe sempre me fez excluir essas vagas pq ela não queria que eu trabalhasse a noite. Até minha psicóloga concorda que é absurdo ela infernizar minha vida por eu não estar trabalhando, mas fazer exigências nas poucas oportunidades que surgem pra mim.
Eu não sei como vou fazer tudo isso. Eu não sei se vou conseguir. É assustador pensar em tudo o que eu quero/preciso. Mas vou tentar manter o foco no próximo passo e não no resultado final. Dizem que "baby steps" funciona... espero que sim.

Outra casa

Como eu disse anteriormente, fui passar alguns na casa de C., e essa foi uma experiencia bizarra. A casa e a família de C. são completamente diferentes da minha... a realidade deles é tão diferente da minha que em momento algum eu consigo sentir que de alguma maneira pertenço àquele lugar. Ao mesmo tempo, eu estava tão distanciada da minha realidade que eu sentia que não possuía realidade nenhuma. Foi como estar em um universo paralelo. Foi bizarro. Não consigo classificar como bom ou ruim.
Bem, não vou dizer que não teve as partes boas, afinal, eu saí de casa, me afastei um pouco da pressão que tem sido ficar perto dos meus pais. Nós assistimos coisas legais, jogamos, eu conheci o aeroporto e uma menina canadense, e o mais legal de tudo: passei a noite da virada sem meus pais pela primeira vez! Foi algo que eu sempre quis fazer, mas nunca pude, pq pra minha mãe isso é uma espécie de pecado, passar essas datas sem ela. 
Mas no fundo eu ainda sinto um nó na garganta, por esses dias "sem realidade". Eu nunca sei exatamente como me sentir ao ver uma família que se dá bem. Eu realmente sinto inveja das conversas na mesa, sobre séries e filmes e artigos interessantes. Eu acho estranho como C. não tem que fazer praticamente nada em casa, e quando a mãe dela a manda fazer alguma coisa ela simplesmente ignora... Isso é inimaginável na minha casa. E a família dela simplesmente se permite descansar, ficar a tarde sem fazer nada "de útil", só assistindo Netflix por exemplo! Eu me permitir não ficar limpando coisas e cozinhando durante as tardes é um dos principais motivos pelos quais minha mãe quer me mandar embora, pq pra ela é inadmissível alguém passar horas sem estar fazendo nada do que ela considera válido, tipo limpar a casa... por mais que eu já tenha feito tudo pela manhã, eu tenho que achar alguma coisa de útil pra eu fazer. Eu tenho que estar sempre trabalhando. E ela se cobra a mesma coisa, por mais que ninguém cobre nada dela. 
Enfim, essa foi uma experiencia perturbadora. E o fato de eu ter ignorado meus sentimentos por todos esses dias, pra não ter uma crise na casa dos outros, deixou meu peito dolorido.