quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Não tinha

Sonhei que recebia uma mensagem
"Você quer namorar comigo?"
Acordei, não tinha mensagem nenhuma.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Dias

Fui na minha sessão com a psi ontem, e como já era totalmente esperado, ela me "convenceu" a não me matar. Tivemos todas aquelas conversas sobre as possibilidades, sobre como o sofrimento não era pra sempre e que as pessoas se importam. Mas também foi lá que percebi o quão sozinha eu estou no mundo. Nenhum dos meus amigos estavam na cidade até ontem. Nenhum deles pode realmente me acolher.
Ah sim, eu esqueci de menciona o plano da minha mãe pra me mandar embora de casa, pra ver se eu "tomo jeito", pra se livrar logo de mim. Então eu já comecei a pensar se eu teria pra onde ir... desempregada, despejada. E o resultado foi que não, eu realmente não tenho pra onde ir.
Bem, ontem meu pai veio falar comigo. Acho que minha mãe convenceu ele a não ser tão agressivo como ele normalmente seria. Ele disse que estava preocupado, que eu não falava o que tinha de errado comigo e por isso ele não sabia como ajudar. De alguma maneira ele conseguiu se comunicar sem ser extremante insensível e prejudicial. Mesmo assim eu acabei tendo uma crise de ansiedade. Eu já não comia há 24h, então cheguei muito perto de desmaiar. Me senti muito mal por colocar tanta responsabilidade nas costas dele, afinal, ele também tem que cuidar da minha mãe agora. Só que ao mesmo tempo, eu ainda lembro das palavras dele. Por mais que ele tenha sido doce ontem, eu ainda lembro o que ele realmente pensa de mim. Eu ainda consigo sentir a raiva nas palavras dele enquanto ele desabafava a decepção que eu sou na vida dele.
Enfim, eu vou tentar aguentar mais um pouco. Entregar currículos, me manter afastada de armas e janelas em prédios altos, embora a vontade de morrer não tenha ido embora ainda.
Amanhã vou pra casa da C., passar uns dias lá. Ainda não sei se vou passar a virada do ano com eles. Afinal, eles tem família e alegria... e eu... bem, eu. Então é bem possível que eu não postar nada aqui por esses dias.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Planos

Meus pais achavam que eu estava dormindo quando tiveram uma conversa sobre o peso inútil que eu tenho sido na vida deles. Na verdade, eu não ouvi muito sobre o que minha mãe falou... além do velho discurso de que tudo o que ela fez foi pra me fazer feliz e me dar condições boas de vida etc..
O que mais me machucou na verdade foi meu pai... Ele me odeia. Ele deixa claro que só está aqui por eu ser uma obrigação (que nem precisava ser, já que ele é meu padrasto mesmo). Entre outras coisas, ele desprezou o trabalho da minha psicóloga, dizendo que provavelmente ela está colocando toda a culpa neles, e que por culpa dela eu não tenho emprego agora. Também disse que eu sou basicamente uma velha gorda que fica na cama o dia todo e não faz nada. Disse que eu preciso de um tapa na cara pra deixar de ser preguiçosa, que eu preciso tomar um rumo na minha vida pra parar de fazer eles sofrerem, e parar de ser medíocre no que eu faço só pq estou triste.
Tirando a parte da minha psi, tudo isso é verdade. Apesar de que eu trocaria a palavra preguiça por medo. E apesar de eu saber que tudo isso é verdade, nada me dá vontade de ir tentar coisas diferentes. A única vontade que eu tive foi de achar a sua arma e dar um tiro na minha cabeça. Pronto, maneira mais garantida e rápida de suicídio! Não preciso de planos. Não preciso de remédios. Tudo estaria resolvido pra todo mundo. Liberdade pra mim. Liberdade pra eles. Um pouco de sofrimento pros meus amigos, mas tudo ficaria bem em menos de um ano.
Amanhã eu tenho uma sessão com minha psi. Ainda não sei se eu conto pra ela sobre meu plano. Acho que vou contar sobre os cortes, que aumentaram há uns minutos atrás. Mas não sei se conto da busca pela arma quando eu chegar em casa.
Por bastante tempo aqui eu tenho dito que não consigo pensar no que eu quero... em um plano. Mas agora, nesse momento, eu tenho duas vontades. Duas coisas que eu queria fazer. Uma anula a outra, elas estão numa balança, mas enfim...
1. Achar a arma e me matar;
2. Sair da minha casa;
O problema da opção dois é que eu não suportaria ficar sem meus gatinhos. E eu não tenho dinheiro. Nem amigos que me acolheriam. Então, opção 1 continua sendo a mais viável.

Familiar

Eu demorei anos da minha vida pra aprender a pedir socorro. Entenda que eu diferencio "pedir socorro" de "reconhecer que você precisa de ajuda" ou "pedir ajuda", ou aquilo que você faz no "começo" da sua depressão. Eu fiz tudo isso pela primeira vez depois da minha primeira crise de depressão. Eu já estava há um ano passando mais tempo triste do que feliz, cultivando desprezo por mim mesma, me agarrando a tudo que parecia tão triste quanto eu... Aparentemente isso é basicamente a adolescência pra maioria das pessoas. Basicamente todos os meu amigos se sentiam assim.
Mas teve o momento que as coisas saíram ainda mais do controle... Quando absolutamente tudo perdeu o sentido. Chegou o momento que a dor emocional ficou grande demais pra ficar só no meu peito, e foi quando eu comecei a me cortar e a ter ataques de pânico. Eu passava dias sem sair do meu quarto. Passei mais de uma semana sem colocar o pé pra fora de casa. Naquela época a gente não tinha acesso tão fácil à internet, então eu não me comunicava com ninguém. Minha mãe trabalhava o dia todo, e achava que eu estava passando por uma fase. Eu me lembro do dia que eu não consegui mais achar motivo pra não me matar, e só não me matei pq tive uma "alucinação", mas não quero falar sobre isso. Acho que foi depois daquele dia que eu resolvi contar pra minha mãe o que estava acontecendo comigo.
De uma maneira misturada as reações da minha mãe foram:
- Se culpar de um maneira que fez eu me sentir pior ainda;
- Menosprezar o que eu sentia, pois ela tinha passado por coisas piores na vida do que eu;
- Me dar remédios;
A reação do meu pai foi:
- "Ótimo, tem mais uma louca na casa agora"
A reação das minhas amigas de escola foi:
- Me odiar, me excluir. tentar me bater (?);

Eu tinha 13/14 anos quando tudo isso aconteceu, e isso fui eu "reconhecendo que precisava de ajuda e pedindo ajuda"

Pedir socorro aconteceu muitos anos depois. Pedir socorro acontece quando você já está tão familiarizado com sua doença que até já apresentou ela pros seus melhores amigos. Quando você já conhece cada passo, cada gatilho, cada fase... O que não significa que é fácil. Boa parte do tempo você passa pedindo ajuda.
"Hey, vamos tomar um café?" "Tô precisando desabafar" "Vem aqui em casa hoje? Queria uma companhia" "Estou mal, preciso me distrair".
Sou amiga de C. há mais ou menos uns 5 anos, e acredito que a primeira vez que pedia socorro pra ela, já tínhamos completado uns 3 anos de amizade. Não é fácil pedir socorro. Não é fácil, principalmente pq se você está precisando de socorro, você provavelmente já pediu  ajuda várias vezes, mas não adiantou. Acho que pedi socorro apenas umas 3 ou quatro vezes na minha vida. Vários momentos eu simplesmente deixei nas mãos do destino pra ver se eu sobreviveria àquilo ou não. O que é pedir socorro?
"Eu preciso de um motivo pra não me matar agora" "Não me deixe chegar perto das janelas"
Se eu estou pedindo socorro? Não, eu estou cansada demais pra isso. Com o tempo você descobre que é extremamente injusto você pedir socorro pra alguém, pq é como se você colocasse a sua vida sob responsabilidade de alguém. Dessa vez eu não vou pedir socorro.
Faziam mais ou menos 6 meses que eu não cortava. As paredes do fundo do poço já são tão familiares.

sábado, 26 de dezembro de 2015

O Sonho

Essa noite eu tive um sonho que me destruiu por completo.
Sonhei que M. estava com outra, e quando eu via acabava batendo nele, mas isso não vem ao caso. Quer dizer, eu sei que com certeza ele esta saindo com milhares de outras meninas, e provavelmente já achou alguma que o fez questionar pq ele perdeu tanto tempo comigo. Porém, no sonho você tem a sensação real. No sonho eu vi, e eu senti toda a dor que eu tenho guardado por ele. A dor de o ter perdido, a dor de não ter sido especial, a dor de ser tão facilmente trocada, a dor de ter estragado tudo. E essa dor está explodindo no meu peito desde a hora que eu acordei. Eu não consegui passar 20 min do meu dia sem chorar... já perdi as contas quantas crises de ansiedade eu já quase tive. Quase, pq meus pais estão em casa; estou destruindo meu peito, mas não vou desmoronar na frente deles. 
Agora estou desabando com uma completa estranha que acabei de conhecer na internet, já que estou me afastando de todos os meus amigos. Eu estou cansada de ser um peso pra eles. Estou cansada de ser essa coisa defeituosa sem chance de dar certo. Pq a verdade é que nunca vai dar certo. Eu nunca vou ter um emprego que dê certo. Eu nunca vou ter um relacionamento que dê certo. E a noção de uma vida fadada à solidão é como várias agulhas enfiadas no seu coração. How am i supposed to live like this? Eu já perdi a esperança de que um dia vá para de doer. 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

120 pílulas

Aproximadamente 120 pílulas de remédios que, juntos, podem me levar ao descanso. Eu dediquei um tempo  considerável da minha manhã natalina pra contar qual a minha possibilidade de completar esse desejo. Eu li sobre o assunto, existem relatos de pessoas que morreram com 90 pílulas, existem pessoas que não morreram com mais pílulas de remédios ainda mais forte.

Eu ainda tenho medo de não dar certo... do meu corpo acabar vomitando tudo, de alguém conseguir me salvar, de acordar depois de alguns dias de sono e ser só isso. Pq está tudo bem enquanto as pessoas não sabem do meu desejo suicida. Enquanto as pessoas não tem noção de um plano que está se tornando concreto, eu sou só a típica L. fazendo drama no twitter e sendo extremamente negativa. Mas se não ser certo... Será que eu estou preparada pra revelar pro mundo o monstro que eu sou? Será que eu aguento mais uma dose de culpa pelo sofrimento dos outros?
Minha antiga psicóloga tentava me desencorajar desses planos falando que não tinha como eu saber o que vem depois da morte, que não existe garantia de que o sofrimento vai parar. Esse foi provavelmente o "conselho" mais ridículo que uma psicóloga podia dar. Se eu ainda tivesse uma espiritualidade mais trabalhada... Como se isso fosse fazer alguma diferença! A probabilidade de a morte ser simplesmente o fim da existência é muito maior que o inferno cristão.
De qualquer maneira, ainda não posso dizer que tomei uma decisão. Até pq eu preciso ter uma  plano mais estruturado... um lugar onde ninguém vá me encontrar tão cedo... umas maneira de não vomitar... Nada tão difícil na verdade.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Natal

Então hoje é véspera de natal. O que não significa nada além de um sentimentalismo generalizado.
Meu dia foi cheio de pequenos ataques de ansiedade. Alguns causados pela carga emocional daquela  conversa com R., outros causados por simplesmente lembrar de momentos com M., e de como eu arruinei tudo. Sim, de novo... 
Parece que eu nunca vou conseguir me perdoar por ter sido alguém tão problemática. Eu não consigo parar de lembrar de um dia específico em que ele foi tão carinhoso comigo, como ele demonstrava publicamente, na frente dos seus amigos, que realmente queria estar comigo... Nesse dia ele disse que gostava de mim, mas eu acho que ele na verdade estava só muito bêbado. Com certeza foi só isso. Se ele tivesse gostado de mim... ele sentiria minha falta agora, certo? Eu não sei o que é pior, imaginar que ele nunca gostou de mim, ou imaginar que ele gostava de mim e eu estraguei tudo (o que é mais provável). N. diz que ele sabe que eu estou passando por uma fase difícil, o que significa que ele sabe ou imagina que eu seja essa louca depressiva que eu sou... Será que é por isso que ele nunca mais veio falar comigo? Pq eu sou louca?
Meu desejo de suicídio também não diminuiu. É muito brega se matar no natal? Acredito que seja muito injusto com quem teve mais decência de encarar a vida do que eu. De qualquer maneira, a cada dia que passa a ideia de me matar acaba se tornando mais concreta, mais possível, mais real. Eu simplesmente aceitei que eu não tenho futuro, eu sou e vou continuar sendo um desastre a vida toda. Não vejo muito motivo pra passar todos esses anos sofrendo, e fazendo os outros sofrer, pra no fim morrer de qualquer maneira... Provavelmente melhor decisão.   
 

Uma troca de mensagens

R. nunca esteve por aqui antes. Acho que nunca teve um significado muito grande, e nunca mais havia falado comigo desde bem antes do começo desse blog. Porém, ontem surgiu no meu celular, e quero registrar aqui essa troca de mensagens:

R: Olá. tudo bem?
L: Olá, tudo indo... e aí?
R: Tudo indo? Não parece uma resposta feliz.
 Estou bem, voltei com minha ex. 
 Mentira.
 Não falo mais com ela, ela se tornou uma babaca.
 E eu me tornei insensível.
 Saí com várias garotas e tive vários relacionamentos vazios.
 E então ha algumas semanas algo mudou.
L: Nossa, você não parece muito bem também.
R: Estou confuso, não é nada sério.
 Mas ha algumas semanas eu senti que podia me apaixonar de novo, e isso foi muito legal. E contigo, o que há?
L: Eu me apaixonei por um cara que não queria nada sério, saí do meu emprego e agora estou cuidando da minha minha que fez uma cirurgia. Nesse meio tempo tive uma crise de depressão e ainda tô meio lixo...
R: Poxa, o que tem sua mãe?
L: *explica*
  
*small talk sobre o natal*

L: Pq você veio falar comigo?
R: Não sei. Você postou várias fotos recentemente no instagram... aí eu lembre de você.
L: Hmm
R: É estranho, mas de maneira irônica você sempre está lá.
L: No instagram?
R: Não. Deixe pra lá.
L: Lá onde?
R: Ai cara, talvez não seja nada, mas pra mim meio que tem um significado. Entende?
 E tipo, você é legal. Infelizmente mora muito longe...
 Quando eu terminei (com a ex) você me ajudou muito. Foi muito legal da sua parte ajudar um desconhecido.
L: Eu sempre tento ajudar quem está sofrendo com essas coisas, pq eu estou sempre sofrendo com essas coisas.
R: Eu posso fazer algo por ti?
L: Pena que eu sou sempre só a garota que ajudou o cara a superar a ex...
R: E eu sou o chorão. Mas entendi, achei que estava sendo legal falando sobre isso :/
L: Olha, eu nem tenho muita noção de como eu te ajudei, mas fiz aquilo pq tinha bastante interesse em você. Mas, pra variar, você acabou se envolvendo com outras... Mas lá também, já estou acostumada.
R: Você mora em *cidade*. Eu te acho linda. Você declamou um poema (pra mim), que era muito bom, mesmo que eu não tenha entendido...
L: Eu só não consigo entender pq você resolveu vir falar comigo de novo.
R: Tá bem, vou abrir meu coração...
L: Provavelmente pq tá sem melhor opção, pq é isso que eu sou, o estepe, a última opção.
R: Quando eu estava ficando com a *nome ex* foi quando a gente conversou...
 Não, não. Não é isso. Eu estou falando sério.
 Você tem algum tipo de significado que eu não sei dizer.
L: Só pq eu te ajudei? Olha, eu não tenho significado... Eu só fui a trouxa que te ouviu quando você estava na bad...
 E eu não sou grandes coisas também, tenho certeza que você não precisa desse discurso todo pra conseguir coisa melhor que eu. 
R: Por favor não seja autodepreciativa. 
 Pra ser bem sincero, desde que terminei o namoro 
 Foi o período que mais fiquei com alguém
 Sério
 Se levar em consideração o tempo (wtf was he trying to say?)
 Então não estou aqui pq você é a última opção ou algo que o valha.
 Eu quero conversar. Eu conversava com você quando estava ficando com minha ex, e depois quando terminei. 
 E agora estou sentindo algo diferente e achei que deveria falar com você.
 Eu acho você muito bonita, e sexy de verdade... Sei lá, eu acho mesmo. 
 Mas você mora muito longe....

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Breve

Nesses dias tenho conseguido dormir o que eu não dormi toda a semana passada.
Tenho me sentido constantemente angustiada, e minha mãe está me deixando louca. Parece que ela não faz a mínima questão de ser uma pessoa minimamente agradável.
Pra variar um pouco, todos os meus amigos estão extremamente ocupados com outras coisas, e ninguém tem tempo pra sair comigo.
Meu humor está uma merda, e há dias eu não consigo sorrir.
Eu continuo considerando tomar todos os remédios que tenho aqui pra me matar.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Lista de desejos

Hoje eu tive a sessão com minha psi, o que foi bom pra eu desabafar todo o horror que foi a semana passada. Porém isso foi uma carga emocional pesadíssima, e me destruiu pelo resto do dia. Se antes eu me sentia um lixo emocional andando, agora eu me sinto um lixo fisicamente também.
Minha mãe recebeu alta, e em menos de três horas conseguiu me fazer chorar de raiva. Essa semana vai ser um desafio pra minha estabilidade emocional. Ainda mais por causa da sessão, e eu ainda estou extremamente ressentida com minha mãe, por milhões de motivos da nossa história.
Bem, qualquer pessoa que olhasse pra mim hoje conseguia ver o desastre que eu estou, então ainda tive que ouvir minha mãe tentando descobrir e desmerecer qualquer motivo pelo qual eu estivesse mal. E por estar tão mal, acabei não saindo com K., e sim, eu talvez fosse sair com ela. Espero realmente que eu consiga sair com ela outro dia.
Outra pessoa que me chamou pra sair foi J. Eu meio que tenho falado com ele. Aparentemente, ele gosta de mim, e se importa, a ponto de não ter ido embora mesmo com dois outros rolos meus no meio do nosso rolo. Talvez seja disso que eu preciso. Mas não sei se com ele... não sei se agora... eu realmente não sei de muitas coisas no momento.
Minha psi pediu pra eu fazer uma lista com coisas que eu gostaria de fazer, independente dos impedimentos:

- Conhecer a Inglaterra, Itália e New York;
- Aprender francês;
- Morar no centro;
- Aprender a tocar violão;
- Ter um canal no Youtube de penteados ou de comida;
Por enquanto isso é tudo que eu consigo pensar.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Amiga Oculta

Hoje foi provavelmente o melhor dia da minha semana.
Ontem eu ainda não consegui dormir decentemente, nem com uma quantidade ridícula de remédios. Eu tentei não lutar contra a insônia, e simplesmente fiquei vendo série até decidir dormir. Achei extremamente estranho que K. me mandou uma mensagem. K. é a menina por quem mais fui apaixonada até hoje. Provavelmente a única pessoa com quem eu fiquei, e de quem eu gostei, que mantenho contato. Não muito. Mas enfim, ela me mandou uma mensagem... apenas um oi. Eu não respondi. Não queria conversar. Pela manhã acabei perdendo a hora.
Depois fui pra casa de C., onde todas as outras meninas do nosso grupo de amizade se encontraram também (T., F. e I.). Hoje foi a revelação do nosso amigo oculto, o que foi bem legal. Ganhei um presente maravilhoso, dei um presente muito legal também. Foi a primeira nessa semana que ri de verdade. Lembramos de momentos do começo da nossa amizade, e eu senti falta daquela época. 
Anyway, K. faz parte desse grupo de amizade, e estava lá. Como sempre, tivemos uma breve discussão sobre uma sumir da vida da outra. Ela contou que passou por momentos bem difíceis, e tudo o que eu conseguia pensar era "pq ela nunca contou nada disso pra ninguém?". Bem, eu lembrei que eu estou decidida a não contar mais nada pra ninguém, não sei se consigo julgar ela... Não entenda mal, não é o grupo que deixa as pessoas desconfortáveis, somos de fato uma família... mas às vezes a gente só quer se isolar e abraçar todos os nossos problemas com os braços curtos que deus nos deu. 
Ela queria me chamar pra casa dela, antes de ir pra casa de C. Talvez eu saia com ela amanhã... se minha mãe não receber alta, se tudo der certo. Eu quero muito ir, ao mesmo tempo que tenho muito medo. Provavelmente nós iríamos para algum lugar onde M. poderia estar. E bem, eu quase tive um ataque de pânico no meio da tarde, no centro; imagina eu sozinha a noite, no mesmo lugar! Ainda não sei muito bem o que fazer.

sábado, 19 de dezembro de 2015

I gave up

Hoje eu desisti.
Desisti de lutar contra tudo o que minha vida tem sido. Simplesmente aceitei...
Aceitei que eu estraguei tudo, e nunca mais vou ter uma chance com M., ou com ninguém tão bom quanto M.
Aceitei que minhas amigas não me aguentam mais.
Desisti de chamá-las pra sair.
Aceitei que nunca vou fazer nada muito bem.
Aceitei o fracasso como ser humano.


Eu não tenho mais forças pra lutar, nem mais planos pra seguir. Eu perdi a vontade de tentar melhorar, de sair pra conversar, de me arrumar, de fazer cursos e aprender coisas... Eu não consigo ver  nada pra além de amanhã. Parece que eu nunca vou me perdoar por ter estragado tudo mais uma vez, e parece que essa culpa está pesada demais pra eu conseguir seguir em frente. Eu já não consigo dormir, nem me distrair com nada. Eu sou só corpo e alma quebrada. 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Engula o choro

Quando eu era mais nova, sempre que eu começava a chorar, alguém me dizia pra  engolir o choro. Eu odiava ouvir isso! Mas essa é a coisa que eu mais tenho dito pra mim mesma nos últimos dias. Ontem e hoje podem ser resumidos a momentos de extrema angústia enquanto eu lembro de M. e sinto sua falta.  Além disso, tem as horas de visita à minha mãe, carregando, apoiando, colocando e tirando cintas...
Ontem eu descobri que tem remédio o suficiente na minha casa pra eu pelo menos tentar me matar... passei boa parte da noite pensando sobre isso. Eu tenho me sentido um lixo e a vida tem sido um fardo tão sem recompensa, eu nem sinto vergonha de querer desistir mais. Noite passada eu também não dormi quase nada. Existia a possibilidade da minha mãe receber alta, e eu era a pessoa responsável pra comunicar as pessoas sobre isso. Era pra mim que iriam ligar. Não sei dizer quantas vezes eu acordei achando que a qualquer momento meu telefone ia tocar.
Hoje eu me senti sozinha como sempre. Tentei convocar minhas amigas pra conversar, mas só T. estava disponível, e não muito na verdade. Tudo bem, ela está cheia de compromissos e com seus próprios problemas... acabei evitando falar sobre como eu me sinto, apenas conversamos sobre as banalidades da vida. Enquanto esperava o ônibus pra voltar pra casa quase tive um ataque de pânico. Estar sozinha, no centro, perto de onde M. poderia estar, no exato lugar onde nós já estivemos, a qualquer momento ele poderia passar na minha frente com outra...
"ENGULA O CHORO! ENGULA O CHORO!"
Eu ainda estou doendo por segurar o choro. Não tem motivo pra eu estourar no meio da rua. E não tem motivo pra eu estourar na frente de qualquer outra pessoa além de minha psicóloga.
Estive pensando nas questões que ficaram da última sessão... Lembrei que sou uma pessoa horrível pq não tenho empatia por minha mãe, acredito até que eu não a ame. Uma pessoa horrível assim não merece amor. Minha mãe sempre deixou bem claro pra mim que ninguém ia me aguentar, pq eu não sabia ser carinhosa, nem demonstrar amor, e por eu ser muito geniosa... ela só me aguenta por ser minha mãe, e olhe lá. Eu também só aguento ela por ser minha mãe, mas ela pelo menos diz que me ama.
Mas no fundo, ela tem razão. Foi exatamente minha dificuldade em me expressar e meu gênio forte que afastou M. Eu não consigo deixar de pensar em todos os sinais positivos que eu tinha, e mesmo assim arruinei tudo por ser... eu.
 Eu não mereço ser feliz com amor, eu mereço minha dor... Eu merecia uma dose bem alta desses antidepressivos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Sozinha

Minha mãe teve que fazer uma cirurgia e agora está internada. Está tudo bem. Hoje fui visitá-la e fui até uma "boa filha". Desde ontem estou sozinha em casa. Tentei conseguir alguma amiga pra dormir aqui, mas ninguém pode. Acho que esse é o auge da minha solidão. Não vou dizer que é de todo ruim, afinal, estou adorando ter a casa toda pra mim. Já me empanturrei de porcaria, durmo a hora que quero, assisto o que quero, no volume que quero... Finalmente estou tendo o pouco de liberdade que sempre desejei.
Hoje também, J. voltou a falar comigo. J. foi um moço com quem eu tive um rolo, mas não vingou muito. Nunca chegamos a trepar, mal nos beijamos pra falar a verdade. Tem várias coisas nele que me incomodam demais pra conseguir ter tesão o suficiente nele:
-Unhas ridiculamente compridas (pra tocar violão);
-Dentes mal cuidados;
-Pinto pequeno (ele me mandou foto);
-"Católico";
-Engraçadão demais;
Eu estou conversando com ele de qualquer maneira.. mantém minha mente ocupada. Hoje ele já me chamou pra ir no cinema, mas graças à situação da minha mãe, não posso sair muito essa semana. Eu não sei o que pensar da minha posição nessa situação. Estaria eu só usando ele pra me ajudar a esquecer de M.? Se eu sei que as chances de nós termos alguma coisa a mais são minúsculas, pq eu já não corto J. de uma vez? Eu realmente não sei o que estou fazendo, nem se tem certo ou errado nessa história. Espero que eu consiga resolver alguma coisa na minha vida de uma vez por todas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Lixo

Pela primeira vez, falar com minha psicóloga não me ajudou muito. Eu continuo sofrendo por M., e por mais que todo mundo me diga que isso é normal, pq eu estou digerindo uma perda, eu continuo me sentindo muito mal em relação a isso. E por mais que tentem me convencer que eu não tenho que me importar com o que ele está sentindo, pq o foco sou eu, eu não consigo simplesmente ignorar a ideia de que ele está super de boa, enquanto eu estou aqui ridícula sofrendo por ele.
Pra piorar um pouco, eu saí de lá com algumas reflexões pra fazer, como por exemplo: pq eu me odeio tanto, a ponto de me sabotar e me auto-punir? O que tem de tão errado em ser eu? Eu não sei responder pq ao mesmo tempo que eu quero ser especial pra alguém, eu não consigo acreditar que eu mereça ser especial pra alguém. Eu olho pra mim mesma e não consigo entender como alguém pode querer ficar comigo. Mas eu sempre espero que no fundo, alguém queira ficar. Não significar nada pra alguém me machuca demais. 
Ao mesmo tempo, eu consegui mais um motivo pra me sentir a pior pessoa do mundo. Eu tenho uma extrema dificuldade de ter empatia com a dor da minha mãe (física ou emocional). Eu não sei pq, eu não sei como, mas eu simplesmente não me importo. Não tenho orgulho disso também, na verdade essa é uma coisa que faz eu me sentir um lixo de pessoa egoísta. 
Bem, eu estou tentando não me matar de desgosto pela vida nesses dias. Eu estou me sentindo um lixo e sozinha. Minhas amigas não me aguentam mais, e nem tem mais tempo pra mim. M. is gone for good. Minha relação com minha mãe não está muito boa, como dá pra imaginar. Eu queria passar o dia dormindo, mas nem isso eu posso.  

domingo, 13 de dezembro de 2015

Maybe I can change your mind

O dia de hoje foi horrível (tirando a parte de tomar sorvete com m&m's)! Acho que estou começando a sentir os efeitos de não ter nada pra fazer...
Além disso, meus sentimentos por M. ainda não foram embora. Eu juro que esperava parar de falar dele aqui, mas está sendo mais difícil do que eu imaginava. Minha mente não para de criar cenários possíveis para encontros e conversas, e por algum motivo, eu sofro pelas imagens na minha cabeça como se elas fossem reais! Além dos sonhos que eu tenho tido praticamente toda noite. Eu ainda esperava que ele decidisse que eu valho a pena tentar algo mais sério, ou que, sei lá, ele sentisse minha falta, mas eu sei que nada disso vai acontecer.
Graças a deusa amanhã eu tenho psicóloga. Eu preciso muito desabafar sobre essas coisas com alguém. N. não aguenta mais me ouvir falar essas coisas. Eu imagino que a situação pra ela seja de fato complicada, já que ela é amiga dele também. De qualquer maneira, é complicado se sentir sozinha da maneira como eu tenho me sentido. 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Sem graça

Parece que não vou manter o hábito de escrever aqui todo dia, mas acho que tudo bem.
Quinta foi meu último dia de trabalho. Minha patroa tentou me convencer a ficar até hoje trabalhando, mas sinceramente, não sei se ia aguentar ficar mais tempo naquele lugar. Estou bem tranquila com minha decisão. Provavelmente assim que eu ficar sem dinheiro pra alguma coisa eu vou me arrepender amargamente. Ou não... Também não cabe a mim ficar imaginando isso agora.
Quinta eu também mandei uma mensagem para M., contando que eu estava saindo do meu trabalho. Ele me disse pra prestar atenção se eles iriam me pagar tudo certinho e tudo mais. Enfim, a conversa não saiu disso. Eu não sei se queria que saísse. Eu nunca mantive contato com ninguém com quem eu tenha transado depois de parar de transar com a pessoa. It's just... I'm trying somethig new here...

Ontem eu ia sair com N., mas acabamos cancelando. Fiquei em casa curtindo minha liberdade do trabalho. Porém um dia em casa já foi o suficiente pra lembrar pq eu não posso ficar em casa por muito tempo. Minha mãe é impossível. A gente não pode conviver por muito tempo. Não tem como isso dar certo. Estou louca pra ver a cara de outra pessoa que não seja a dela já.
Pelo menos eu consegui adiantar algumas coisas já, por exemplo, marcar hora no salão e fazer o presente da minha amiga secreta. Dormi a tarde, o que eu não fazia há muito tempo... assisti série... bem, não tem muito o que fazer em casa.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O mundo é um moinho

Okay, it's been like 3 days??
Muita coisa aconteceu, parece que faz uma semana que escrevi aqui.

Segunda:
M. me respondeu; disse que me entendia, pediu desculpas por ter feito eu me sentir mal, e se disponibilizou pra conversarmos sempre que eu quiser. Eu disse que não foi ele que me fez mal, agradeci a compreensão. Como você pode imaginar, não nos falamos mais. Mas estou bem em relação a isso. A compreensão de M. me ajudou muito a tirar o peso da culpa dos meus ombros.
No trabalho eu achei que não ia aguentar, mas suportei até o fim do dia.

Terça:
Minha patroa veio me dar um ultimato. Ela se disse preocupada com minha situação, por conta do atestado. Disse que até hoje eu devia dar um parecer se queria continuar ou não na empresa. Me disse também que se eu fosse continuar, ela iria me cobrar resultados.
À noite, F. veio dormir na minha casa. Quem é F.? É a melhor amiga para momentos de crise. Temos o mesmo tipo de humor mórbido e pessimismo. Ela é a única pessoa com quem eu me sinto à vontade de falar minhas besteiras de medo de ser repreendida ou incompreendida. Comemos pizza. Assistimos alguns episódios da série mais sofrida de todos os tempos.

Hoje:
N. veio me perguntar se estava tudo bem entre mim e M.; eu disse que sim, mas acredito que ele não queira conversas comigo. Ela disse que eu tenho que parar de assumir as coisas sobre ele. F. e eu conversamos sobre as frustrações da geração Y no caminho pro meu trabalho, e essa foi a melhor conversa que eu tive em muito tempo.
Hoje eu me senti muito bem, e é absurdo pensar que há semanas eu não consigo dizer isso. No intervalo eu entreguei currículo em uma ótica que já mostrou bastante interesse em me contratar pro natal. No fim da tarde deixei claro pra minha patroa que não quero ficar na loja. Convenhamos que eu já não tinha muita vontade de ficar pra dezembro, com a cobrança maior pela minha condição... não, obrigada.

domingo, 6 de dezembro de 2015

How the Grinch Stole Christmas

Hoje eu passei metade do dia chorando e desabafando com N., e a outra metade chorando e desabafando com C. Ok, na verdade eu consegui ter momentos melhores com C... Assistimos "How the Grinch Stole Christmas" e comemos brigadeiro. Depois de muitas conversa e choro tanto com C., quanto com N. e minha psi, estou começando a encarar as coisas de maneira um pouco mais sóbria. No momento estou trabalhando os seguintes quesitos:

-Lidar com a culpa e tentar me perdoar;
-Tentar não entrar num estágio mais profundo de depressão do que já estou;
-Me preparar física e psicologicamente para voltar para o trabalho segunda feira;

C. apontou um fato no qual eu ainda não tinha pensado: em como eu entre em um "relacionamento" atrás do outro, e nunca me permito ficar sozinha de fato. Não é novidade nenhuma meu alto nível de carência, e é bem provável que ele venha da minha péssima auto estima. Esse é um quesito para ser trabalhado também... auto estima. 
Eu não tenho ideia de como eu vou me permitir ficar sozinha, e não tenho ideia de como eu vou conseguir me amar a ponto de parar de fazer essas merdas, mas vale a pena tentar. Pelo menos eu sei que não estou sozinha nessa. E deve ter algum tutorial na internet que ensina a fazer isso.


Ps.: Consegui lavar meu cabelo o/

sábado, 5 de dezembro de 2015

Feitos

Eu definitivamente cheguei no pior estágio desde então. Em três dias eu devo ter passado menos de 6 horas fora da minha cama ao total. Não consigo ter animo nem força pra nada, e com muita dificuldade consigo manter minha mente fora de pensamentos ruins. Tenho contado com meu velho amigo Alprazolam pra conseguir respirar de dormir. Há meses não chegava nesse estágio.

Meus feitos de hoje foram:
- Mandar uma mensagem pra M. explicando minha situação;
- Fazer um bolo que acabou em tragédia;
- Tomar banho (não, eu não consegui fazer isso nos outros dias... ainda não lavei o cabelo tho);

Minha maior tortura no momento está sendo a falta de M. e a sensação(certeza) de que estraguei tudo entre nós. Conversando com N. percebi que ele deve estar extremamente chateado comigo (sim, M. e "ele"), e eu não consigo me perdoar por isso. Também tenho conversado com minha psi, que tem tentado manter minha mente focada em pensamentos mais práticos e mais piedosos em relação a mim mesma.
Porém eu sei que o processo de perdão é uma longa jornada. Ainda mais pq M. ainda não respondeu minha mensagem.
Amanha C. vem aqui em casa. Espero que a companhia dela e um pouco de contato físico me ajudem a encarar o mundo novamente na segunda feira. Até pq segunda eu vou estar entregando um atestado médico de uma Psicóloga alegando minha crise de ansiedade e depressão aguda. Espero que até segunda eu consiga lavar meu cabelo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Dois dias

Ontem tomei a decisão de acabar tudo com M. Já faziam umas 12 horas que tinha visualizado minha mensagem e não respondido. Aceitei isso como uma decisão de sua parte também. Na sessão com minha psicóloga chorei por quase 1 hora sem pausas,e chegamos à conclusão de que uma pessoa como M. não é o que eu quero e nem o que eu preciso agora. Meu plano então é basicamente ignorar M. até ir embora de vez. A psi (psicóloga) quis propor que eu criasse um "texto" para explicar para M. o que está acontecendo, os meus motivos para me afastar, mas isso é inconcebível para mim.
Ela quis apostar que até hoje eu receberia uma mensagem. Ela ganhou a aposta, mas acho que sigo firme na minha decisão.
Porém, hoje também não tem sido o melhor dia. Acordei num estado tão terrível que não aguentei ir para o trabalho. Aceitei a sugestão da psi de pegar um atestado para respirar um pouco por alguns dias, por mais que esse tipo de atestado tenha um peso grande dentro da empresa. Um funcionário em uma crise de depressão tão aguda que não possa ir trabalhar não é algo que eles querem. Mas também não é como se eu me importasse com isso. Ter que sair da minha cama hoje seria algo além da minha capacidade.
Tomei alguns remédios que me ajudam a lidar um pouco com a situação, e agora ainda estou um pouco dopada. Esse não é um lugar que me assusta, já estive aqui, já estive ainda pior. Dessa vez não tive que esperar em um hospital para receber uma dose cavalar de diazepam. Isso me dá uma esperança maior, saber que já estive pior, e tudo melhorou. Estão, isso também vai passar. Melhores dias virão.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Decisões

Ontem tive uma crise e resolvi desabafar com um grupo de amigas. Todas concordaram que eu devia colocar um ponto final na minha "história" com M.  Em geral, eu não consigo dar muito dar muito crédito no que elas falam sobre esse caso pq elas não acompanharam a história muito bem, apenas ouviram minha reclamações sobre isso ou aquilo... mas ontem eu tive que considerar as palavras que li.
Um resumo: SÓ VAI PIORAR.

A questão é que, por algum motivo eu me sinto impedida de ir embora. Parece que eu estou arruinando a chance de algo legal dar certo. Minha amigas acreditam que eu estou apenas me iludindo, e me machucando no processo. Infelizmente eu tenho que concordar com elas. Se um dia alguma coisa fosse acontecer entre nós, isso seria beem mais pra frente... não sei se eu sobreviveria até lá.
Chorei horrores. Hoje acordei com o rosto inchado, o que me obrigou a passar maquiagem. Percebi que não uso maquiagem há dias, o que não pode ser um bom sinal pra alguém que costumava se maquiar e se arrumar todos os dias. Estou deprimida.
 Minha psicóloga me aconselhou a não tomar nenhuma decisão enquanto estou emocionalmente abalada, e também adiantou minha sessão. Espero que eu consiga fazer algum sentido em uma hora. Muito embora acredito que M. já tomou a decisão por mim. O que pode ser doído, mas tira de mim um peso enorme, e me deixa pra lidar com consequências sem a culpa.